domingo, 12 de agosto de 2012

sobre a sorte de ter um pai

Uma palavrinha tão pequena, três letras que englobam tanta coisa. É esse cara que vai te salvar das roubadas, te repreender quando preciso....Que vai te defender de tudo e todos e se orgulhar de cada feito teu realizado. Agradece, agradece quem tem um pai.
É dele que vem a minha força de vontade, e é por ele que faço por onde de não decepcionar ninguém.
Era uma criança quando eu surgi, e mesmo assim lidou com eficácia com a situação. Agora eu tô aqui, uma mulher formada, cheia de idéias e ideais, de grande maioria, vindos de ti.
Obrigada! Obrigada por me direcionar pelo lado certo, por ser meu pai e minha mãe quando necessário, por aceitar tudo que aceitas, sem ser obrigado.
Obrigada por todo apoio financeiro, moral e psicológico. Por me ajudar a realizar meus objetivos profissionais, financiando e apoiando cada passo que eu dou pra mais perto de bater as asas.
Obrigada por ter medo que eu quebre a cara, que eu me vire sozinha... Por me mostrar que eu não tô sozinha nessa, e que eu tenho alguém pra confiar!
Obrigada por ser o meu melhor amigo, perdoe as decepções passadas e futuras, inevitáveis.
E em nenhum momento esqueça que eu te amo muito, e sou tua fã número 1.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Se os meus olhos tirassem fotos...

Tenho pensado muito sobre, e concluí que a nossa visão "automática" não nos deixa enxergar além do que se vê. O bom e velho clichê: a beleza das coisas. A questão é que jamais acharemos alguém ou alguma coisa realmente bonitos se não olharmos a fundo, com atenção, e carinho.
Existem as belezas visíveis, que passam invejando todos, apenas beleza. Falo agora de pessoas, bonitas e vazias, não necessariamente todas... mas garanto-lhes: existem aos montes por aí. 
Se existe um acontecimento impossível que eu desejo bastante, é que os meus olhos tirassem fotos. Não apenas de paisagens ou coisas e pessoas bonitas, mas sim de momentos que duram segundos, mas você gostaria de guardar pra sempre. Alguma coisa que uma pessoa especial te disse, e que não repetirá muitas vezes. Ou até uma situação bonita, que não tem nada a ver com você.
Certo dia eu estava sentada no centro. Esperando sabe-se lá o que, além da morte da bezerra. Mas observei uma cena que me prendeu os olhos fixos. E arrancou de mim uma lágrima. 
Um pedinte que passa quase todos os dias me pedindo dinheiro, pediu também à uma mulher, alegando ser para comer. Com a quantidade de maldade que tem no mundo, nunca dei dinheiro a ele, nem depositei confiança alguma em suas palavras. Mas a moça fez diferente, carregava com sigo uma sacola cheia de comidas, e deu ao pobre esfarrapado. Ele chorou... chorou como se tivesse ganho uma vida, como se aquela mulher tivesse salvado a sua vida. 
Voltando ao assunto, eu gostaria muito de ter tirado uma fotografia daquela cena. Não só pela emoção que me causou, mas também pela lição que levei. As vezes a vida te coloca em situações em que a sua escolha pode interferir em muitas vidas. Como essa, em que nas mãos daquela mulher, estava a vida daquele homem. 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

as gotinhas de verdade

É segunda feira, depois do domingo, o dia mais trágico da semana. Acordei atrasada, o despertador não tocou. Atrasada digamos muito atrasada, digamos em torno de umas 3 horas, atrasada. Aquele dia simples que você acorda e pensa "tô na merda". Levantei, me vesti o mais rápido que pude, precisava sair logo de casa pra não me sentir tão inútil por acordar as 9 da manhã de uma segunda-feira. Abrindo a porta encontro meu pai, o que eu temia tinha acontecido, lá vem bronca! Que nada, ele entendeu. Entendeu que tá dificil tudo isso, apenas me desejou um bom dia e um vai com Deus. E eu fui.
No meio do caminho, já de óculos escuros pra esconder as lágrimas da noite passada, lágrimas novas começam a cair, incontrolavelmente. Eu sabia e não sabia o porque. Sabia que tinha um motivo especial, juntamente com todos os outros motivos pelos quais eu guardei tantas lagrimas. Continuei andando, e debulhando a água salgada que saia dos meus olhos.
Pude notar então cada gota de verdade que caia sobre cada gota daquelas lágrimas. Lágrimas nunca tão verdadeiras antes, lágrimas que valem a pena chorar. E aquelas lágrimas significaram tanta coisa...
Elas equivalem a todo o meu agradecimento e a toda minha culpa. Agradecimento pela dadiva da vida que eu recebi pelas tuas mãos, culpa por não ter te recompensado a altura. Não sei porque eu choro se ainda estás aqui lutando, e se eu sei que aqui continuarás. Choro talvez porque eu acho que não mereças carregar um fardo tão pesado, depois de tantos outros já carregados. Por saber que depois de passar por tanto, ainda tens muito pela frente. Uma outra cria que ainda depende de ti, e precisa da tua presença aqui. Eu também preciso, mesmo de longe, quero teu bem. Quero que saibas que eu me colocaria no teu lugar só pra não te ver passar por isso tudo. Por isso eu peço que fiques, não por mim, nem por ninguém. Mas por ti mesma! E pra toda recompensa que está por vir depois desses longos tempos de tempestade.

domingo, 24 de junho de 2012

e o que voce fez

Apesar de todo o tédio, domingo é um ótimo dia pra pensar. Pensar sobre o que foi, sobre o que está sendo, sobre o que será. E será?
Me encontro no meio, bem no meio de um ano decisivo. Decidindo o nível de indecisão que vai permanecer na minha vida daqui pra frente. Estou fazendo a coisa certa? provavelmente não. 
Tudo o que eu sei é que eu tenho que saber de tudo. Mas eu não sei nem a metade, nem um terço, as vezes acho até que não sei de nada...pelo menos nada do que eu deveria saber. 
Tava aqui pensando em mais quantos domingos ensolarados e pensativos eu vou ter antes do resultado do vestibular. Em mais quantas noites inesquecíveis, que eu esqueço rapidinho. Quantas paranoias eu vou criar e recriar dentro de mim mesma, até eu descobrir o segredo de tudo isso. A técnica exata pra passar por tudo isso sem grandes traumas. Talvez ela nem exista, talvez seja esse o segredo. Viver numa ilusão de que existe uma fórmula perfeita pra isso passar, e nesse meio tempo, isso passar. O otimismo é sim um ótimo segredo. Em doses homeopáticas, se não a gente quebra a cara. 
Eu tava aqui pensando... pensando que eu só quero que esse ano acabe logo. É um ano de transição, mas você não sabe exatamente pra que está transcendendo. Ano que vem você pode estar na faculdade, ou recebendo remuneração de trabalhadores que completaram o ensino médio. Você quem sabe, você quem quer. Quem dera fosse fácil, não existissem concorrentes. Quem dera não ter que saber de tudo, e ainda por cima saber se relacionar. O mundo exige, você está pro mundo, tentando fazer ele estar pra você. 

domingo, 17 de junho de 2012

dia longo

Amanheceu tarde, nem vi as luzes, nem vi o sol. Um domingo como outro qualquer, faz frio, faz pensar. Faz pensar que as vezes eu não queria ter tanta coisa dentro de mim, que eu deveria me libertar, pra me acompanhar. Fatos, coisas, pessoas... tudo (fora) do seu devido lugar. 
Tempo perdido, mente bagunçada... mas será? será que foi? que vai? que seria?
Escrevo sem saber ao certo o que eu digo, deixando as palavras sairem, se libertarem da prisão que é a minha cabeça. Deixando lugar apenas pras pessoas que não merecem ficar lá, e pras paranoias, é claro. 
Deitada na rede eu vejo o dia passar, o tempo correr... oh céus, amanhã é segunda e eu ainda nem sei o que eu quero pra minha vida. Nem pra minha segunda. 
Penso sobre os problemas, sobre as pessoas e o quanto elas (nós) só pensam nelas mesmas. 
Penso sobre o quanto pensar diferente me atrapalha. Não, eu não queria ser mais um robô. Mas as vezes não poder compartilhar tudo o que eu penso me faz mal. Penso sobre o que acontece, e o que eu gostaria que acontecesse. Sobre o quanto eu dificulto as coisas, por ser assim, diferente. Sobre como eu poderia fazer tudo mudar, num estalar de dedos, e não faço. E eu continuo pensando, e não fazendo nada, já que amanheceu tarde. 

sábado, 16 de junho de 2012

conquistas vazias

É sempre assim, toda sexta a noite a gente sai, faz tudo que tem que fazer, fica com todo mundo que tem que ficar, e termina por aí. Vazio, não? A gente vive uma vida de uma noite, mas a glória não dura depois que amanhece. Você volta a estar sozinho, sóbrio, aparentemente sem grandes emoções.
Adoro a vida bohemia, confesso. As luzes noturnas, a música, o álcool fazem a vida parecer muito mais bonita, divertida. Sair sexta a noite: esquecer os problemas. Você entra num mundo onde todos se querem, se gostam. Onde o dinheiro se vai como água, o pulmão se bronzeia e o fígado corrói.
Uma boca especial, um corpo diferente. Todos iguais. Querendo a mesma coisa, carnal, satisfazendo um desejo momentâneo, como se ele fosse terminar no outro dia. Tá certo, o álcool o enfatiza, mas ele não termina pela manhã. Bocas e corpos vazios que se encontram, se esquentam, se separam e nunca mais se veem. Tenho pensado sobre o quão vazia é a vida na noite. É lindo, perfeito, até o sol nascer...quem me dera viver feliz como vivo sobre o efeito do álcool. Quem me dera que fosse noite pra sempre. Conquistas vazias já não seriam tão vazias, pois seriam constantes. A felicidade e os problemas de lado...que vida!
Mas eu sinto falta, as vezes canso. Canso de ninguém significar nada pra ninguém. De todo mundo ser de todo mundo, e ninguém ser de ninguém. O que causa a falta, a falta de uma sincronia, uma divisão de águas. Alguém que vai estar lá, com o mesmo cheiro e os mesmos olhinhos felizes, te esperando. Alguém que você não precise perguntar o nome antes de beijar, e nem pedir permissão. As vezes faz falta uma direção na vida, um rumo. Viver de sonho é bom, mas o sol nasce e ele acaba...conquistando o vazio, a gente segue procurando um "recheio". Alguém que tenha algo mais a oferecer além do corpo, contato. Alguém que te tire o ar, e o faça querer voar. Que te deixe inexplicavelmente feliz, sem álcool, só a música, só a respiração, só o tempo. do lado.

domingo, 3 de junho de 2012

socorro


águas paradas, calmas, claras. águas fáceis de navegar, sem muitos mistérios ou surpresas. águas como o mar da daniela. falo da minha vida, e porque dela não posso sair. querendo emoção vou navegando em busca de uma música ou um vento que remexa esse mar. Uma brisa que seja, só pra fazer valer.
Vida normal, rotina, coisas normais. O que voces veem de bom nisso? Esse ciclo onde voce cresce e se desenvolve pensando que deve ter status. Um ciclo pelo qual eu clamo, imploro sair.
Sair pra ver o sol, a lua, ou os gaviões lá fora querendo me atacar, foda-se.
Dizem que águas paradas esperam tempestades, temo. tememos. temos que temer. mas não é porque se teme algo que não se deve enfrentar, ou sair ao mar, pra ver o que acontece.
Não sinto nada vibrar, não sinto euforia, nem vontade. Apenas sorrindo e levando a vida calmamente. Uma merda. Não quero festas, elas são sempre iguais. com suas drogas e bebidas, músicas e garotas. Nem problemas, nem notas ruim. Isso revolta as águas, mas também as escurece, dificultando que possamos enxergar o que está acontecendo. buscando apenas emoção, algo que toca sua pele e te faz sentir vivo, um objetivo, desafio que seja... que não se chame "vestibular" e nem tenha a ver com atividades que exijam concentração. "qualquer coisa que se sinta...tem tantos sentimentos deve ter algum que sirva"