Fazia tempo. Tempo que eu não encontrava comigo mesma, fugindo de mim à cada segundo do dia, negando o que está à um palmo de distância do meu rosto.
Procuro sempre estar acompanhada, para evitar esse tipo de encontro. Chama-se encontro-retrospectiva.
Retrospectiva de mim mesma. Da minha vida. Não gosto.
Prefiro viver fingindo que os ciclos não existem, e que se vive um dia de cada vez.
No auge do meu terceiro dia sozinha, não pude evitar pensar e repensar sobre tudo. Não cheguei a conclusão alguma. Notei progresso em alguns, por sinal, muito importantes, setores da minha vida.
Vejo-me mais responsável, com mais foco e tomando rédeas as de boa parte do que acontece. Vejo-me também completamente perdida... à procura de algo pleno e sem nome, algo que eu não sei o que é, e nem que direção seguir para procurar. Talvez se eu fosse mais a fundo dentro de mim mesma saberia o que estou procurando, mas no meu modo automático o botão "fugindo de si" está sempre ativado.
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